"Cê tá pensando que eu sou Loki, bicho?"

Conferimos o documentário "Loki - Arnaldo Baptista". Veja!

O Boris Vs Laika já assistiu "Harry Potter e o Enigma do Príncipe"!

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Recapitulando

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Já estamos caminhando na segunda metade do ano! Período movimentado para o mundo da música, Michal Jackson morre, Pixies prestes a subir no palco novamente e nomes importantes como Pitty e Arctic Monkeys prontinhos para lançarem seus novos trabalhos. Mas antes, a gente relembra alguns lançamentos igualmente importantes que rolaram nesse primeiro semestre.


Franz Ferdinand - Tonight: Franz Ferdinand

Se hoje há uma força tão grande em torno do "indie way of live", o Franz Ferdinand foi uma das bandas responsáveis por essa força que teve início lá pelos idos de 2001 com o surgimento dos Strokes. Depois de estourarem com dois discos clássicos que resgataram o bom e velho rock e criaram terreno para que bandas como Arctic Monkeys acontecessem, "Tonight: Franz Ferdinand" é um verdadeiro balde de água fria jogado em nossas cabeças. A banda não foi muito feliz em sua imersão pela dance music, apresentando um disco bem feitinho tecnicamente, mas sem conteúdo algum. Músicas frias e banais, algumas até monótonas, nos deixam com saudade do calor e da vibração dos discos anteriores.

Yeah Yeah Yeahs - It's Blitz

Dançante como essa nova onda parece exigir (veja os exemplos do Gossip ou do Franz Ferdinand), deixa de ser um mero disco de dance music porque é um disco do Yeah Yeah Yeahs. A experimentação musical do trio atinge um outro nível em "It'z the Blitz", a começar pela capa genial desaguando na sensualidade de Karen O, demonstrando outra faceta no seu jeito de cantar. Nos brindando pelo menos com dois grandes hits das pistas de dança: "Heads Will Roll" e "Zero", e uma candidata à ser a nova "Maps": "Runaway".

Animal Collective - Merriweather Post Pavillon

"Merriweather Post Pavilion" é o nono álbum do Animal Collective em 10 anos de banda, ou de combo animal, levando em consideração os projetos paralelos de seus membros (a prolixidade musical é alta). Neste disco, encontraram sua forma perfeita, repleto de vocais categóricos estruturados em melodias ora quebradas, ora swingadas, ora sincopadas e ora simplesmente inexistentes. Mas surpreendente em todos os momentos! Nunca se viu nada igual, e se isso é sinal de revolução, essa é a grande contribuição do Animal Collective à música pop.

Morrissey - Years of Refusal

"Years of Refusal" é Morrissey em sua melhor forma! Vibrante do início ao fim, chega a ser assustadora a forma como canta, de tão perfeita que está sua voz. Cantando como nunca cantou antes, ainda consegue manter o auge da acidez de suas letras geniais. O disco que marca os seus 50 anos de idade é também o disco mais punk e ousado desta nova fase iniciada com "You Are The Quarry" (2004).

Lily Allen - It's Not Me It's You

De que essa daí era uma compositora de mão cheia, ninguém tinha dúvidas após seu disco de estréia, com o lançamento de "It's Not Me, It's You", Lily Allen não só reafirma seu talento como mostra que veio para ficar. Empolgante do início ao fim, as melodias aparentemente simples são sobrepostas por detalhes que tornam o disco rico, bem produzido e bem conduzido, seja pela forma tímida de cantar ou pelas letras geniais, mas por trás disso há uma força maior, algo em falta hoje em dia: é a atitude e sinceridade da própria Lily que se faz sentir/ouvir. Destaque para "Fuck You", que rendeu o webhit protesto abaixo.

Bell Orchestre - As Seen Trough Windows

Enquanto o Arcade Fire repousa por algum tempo, alguns de seus mebros retornam com a "Bell Orchestre", um dos projetos paralelos à banda. Se comparado ao disco anterior, "Recording A Tape The Colour Of The Light" (2005), "As Seen Trough Windows" parece pertencer à outro artista, tamanha é a diferença de sonoridade. Fazendo uso de elementos mais eletrônicos para realçar os metais, criam atmosferas transcendentais onde a escuridão brinca de se esconder através de nuvens que nos deixam inebriados. Uma evolução e tanto! Destaque para "The Gaze".

A Woman A Man Walked By - PJ Harvey e John Parish

Após a imersão etérea quase barroca do álbum anterior, P. J. Harvey retomou a já conhecida parceria com John Parish para "retornar" ao rock, em "A Woman A Man Walked By" a sensualidade de sua voz continua sendo o grande destaque. Destaque para "Sixteen, Fifteen, Fourteen-tosk".

Sentiu falta de alguém? Calma... alguns nomes ficaram de fora, mas logo logo vão aparecer na seção de resenhas. Mas e aí, quer sugerir alguns nomes nos comentários aí embaixo?